Estudos Ameríndios & Escrita Criativa
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Diálogos Literários
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Three Mosketeers Reading Club ( :) )
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Tenho lidos algumas outras coisas também, mas o que realmente tenho lido de coração são estes mesmo. Algo legal pra "retirar" de todas essas leituras, ALÉM do que já tem sido pedido para eu retirar e pensar sobre, é: caracas, como o ser humano é uma coisa só de muitos jeitos diferentes.
Nos dois primeiros livros (dos Estudos Ameríndios), encontramos 2 livros com temática "indígena", ambos escritos por pessoas que se identificam, se reconhecem como indígenas. Witi Ihimaera, um Maori ; e Dori Pilkington, descendente de Aborígenes Mardu da Austrália. São dois livros diferentes falando sobre coisas diferentes que aconteceram aos indígenas de cada uma dessas etnias. Um relatando um questionamento interno mesmo, do povo já envolvido com a cultura não- indígena que se vê então em um momento decisivo: ou mudamos, nos adaptamos, e sobrevivemos com a nossa tradição; ou nos agarramos a tradição antiguíssima e imutávelmente ao "pé da letra", em um mundo onde ela já não cabe desta forma, e então... no perderemos por completo.
O outro, relata e denúncia o que aconteceu aos aborígenes por conta da ideia tosca de intenções (maquiadamente) boas executada de forma ainda mais tosca de "brancos"... Que arrancaram uma geração inteira de indígenas na tentativa de fazer com que assimilassem a cultura nova e esbranquiçada, afim de se tornarem cada vez mais brancos e menos ELES MESMOS. O foco do livro é, então, falar sobre todo este processo que normamelte e brancamente esquecem no passado. E acaba por contar também sobre a fuga de três garotas e a viagem delas de volta para casa, muito quilômetros, perigos e "white men" away.
Ian Watt e Terry Eagleton me falam sobre a literatura, e o romance na verdade. Não os li inteiros ainda, apenas capítulos pré-selecionados no grupo de estudos MAS, posso pensar sobre eles já. Minimizando a parte da Literatura, o que eu queria postar aqui é mais a parte das pessoas, sabe? Eles dão todo um contexto histórico, e explicam porque o romance surgiu como surgiu, e quando surgiu. Como a sociedade estava na época e como haviam chegado aquele ponto. Quem estava no poder antes perdeu o seu lugar, novas pessoas vão para o poder, uma nova classe. um rebuliço todo começa, um chacoalão mesmo nas "estruturas", na cabeça de todo mundo, para poder assentar as coisas. Sabe quando você coloca farinha na xícara e tem que dar uma batidinhas para ela ficar "retinha" e você ver realmente o quanto colocou? Então, é mais ou menos isso. Revolução Industrial e Revolução Francesa encheram de farinha a xícara da Europa e de alguma forma tiveram que dar uma chacoalhada para endireitar as coisas de novo.
Nessas, aparece o romance como uma forma de disseminar valores e costumes entre o pessoal (valores de um pessoal mais X para um pessoas x-zinho imitar também.. ou pelo menos ser mantido ocupado tentando...). Daí então podemos falar de questionamentos, de controle, de poder, de revoluções, de mordaças culturais e vendas que emudeciam e cegavam toda uma galera...
No "Lamento", estou lendo o Nicholas Wolterstorff logo após a perda de seu filho Eric de 25 anos. Sentindo com o coração a dor dele. Uma dor que ele diz que ''num pode falar para todos'', mas que deveria poder. Uma dor que não aparece na casca, mas tá lá na gelatina interior dele...Junto com as lembranças do Eric.
O meu pensamento com tudo isso foi (e está em construção ainda!!): você consegue achar ligação entre essas coisas? entre estes textos, essas pessoas e o que elas falam sobre as pessoas? Eu consego.. estou conseguindo, acho... Vou digitar amanhã, pós-prova-da-agonia-eterna, e posto quando der...
Mas eu queria saber de você, você achou alguma coisa, nessa minha explicação The Flash sobre cada livro, que ligasse os três?! Você, que me conhece, já sabe onde eu vou querer chegar?! HM!?!
:)
Bjos e boa noite com yogurt e bisnaguinha!