segunda-feira, 3 de agosto de 2009


“Lara acordou com a luz da frestinha da janela que entrava. Ela tentou escapar da queles raios de sol quentes e amarelos, sorrindo pra ela. Era alegra demais, quente demais. Claro demais. “

Ontem eu vi ele de novo. Estavamos tão perto, se eu esticasse a mão tocaria nele, e isso me deixou completamente perdida. Afinal eu queria ou não queria estar com ele? Eu quero ou não quero falar com ele? Eu vou ou não vou falar com ele? Se ao menos eu soubesse,

Eu apenas segui com o plano. Sentindomeu coração batendo forte demais- como se pulsasse sangue para fora do meu peito- eu só desviei. Desviei dos braços, dos pés, das mãos, dos olhos dele.

Fui até um canto que ele não me veria. E ele não me viu mesmo. De lá eu o observei indo e vindo. Por mais que mostre que não , acho que no fundo queria que ele viesse até mim. Acho que.. por mais que diga que não a coisa que eu mais quero no momento é.. ouvir a voz dele.. Falando comigo, me chamando. Mas sou orgulhosa demais pra admitir isso. Então vamos continuar assim. Eu finjo que não te vejo, e você finge que não me ver.

Vamos ver quanto tempo eu posso aguentar, até que morramos por inteiro. Ao menos um pro outro.

Hoje não senti fome. Só dor. É uma dor funda demais. Um buraco.

Mas é acostumável, como a agulha da anestesia.

Se é assim que tem que ser , que seja.

Um comentário:

Carolina disse...

Sempre digo e repito que adoro o jeito que vc escreve. :) Meio... Hum, misterioso! :P
Beijo, te adoro,
saudades, Cá.